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sábado, dezembro 31, 2011

Um bom ano qualquer

  Certamente esse ano só poderia ser descrito como um presente. Talvez uma recompensa pelos esforços e por todas as coisas que abdiquei em 2010 em prol de um sonho, um sonho que de certa forma foi moldado ainda em 2007: cursar Comunicação Social- Jornalismo. Esse ano não foi especial apenas pela minha aprovação na UFPA, mas principalmente por tudo o que esse status de universitária me proporcionou. Especialmente pelas pessoas maravilhosas que conheci durante este ano. Sem dúvidas, essas pessoas, mais precisamente 50, são as principais responsáveis pelo meu ano ter sido tão especial assim.
  Após minhas três aprovações no vestibular (UEPA, UFPA e UFRA, respectivamente) tive dúvidas a respeito de qual delas cursar. Minha indecisão era sobre optar por uma condição financeira estável ou uma instável que, todavia me faria imensamente feliz. Contei com a ajuda de muitas pessoas para tomar minha decisão, mas duas foram muito especiais. Duas pessoas que nem se sequer me conheciam e que me deram um grande apoio e fizeram o que muitos conhecidos não fizeram, incentivaram-me a seguir meu sonho. Agradeço muito à Gabrielle Malato e Gustavo Ferreira, sem vocês não teriam perdido meu medo de escolher o jornalismo, e não teria passado por experiências indescritíveis que recordarei para sempre.
  Sem o apoio dessas duas pessoas citadas a cima, eu talvez tivesse optado por Agronomia, e estaria fazendo cálculos loucamente enquanto esperava o Bagé. Se eu tivesse ido para a UFRA, não teria encontrado um grupo de pessoas conhecidas perante os outros como calouros de comunicação social 2011, mas que na verdade se tornou uma grande família, a Família Comunicação. Estamos divididos em dois grupos, mas essa divisão é rompida a partir do momento que ultrapassamos as portas das salas e dos laboratórios.
  Dentro dessa família existem pessoas que me identifico e que convivo mais, e por isso merecem um destaque maior. Começando pela parte pobre da família. Pessoas legais - nem um pouco normais - que possuem um imenso amor pelas letras, que às vezes ignoram uma matéria, mesmo que bem escrita, se ela estiver com uma diagramação ruim, enfim, os futuros viciados em café: os jornalistas. Os agradeço pelas madrugadas de desespero no twitter, na qual estávamos produzindo loucamente nossas matérias, mesmo que no dia seguinte elas fossem praticamente jogadas ao lixo.
  Agradeço aqueles que aturam meus dramas diariamente, especialmente a minha maldita favorita, Natália Costa, obrigada pelos conselhos (desculpa por não seguir nenhum). Ao Renan Mendes, que mesmo sem opinar em nada se faz entender apenas com suas expressões faciais. Leandro Ribeiro - seu vascaíno escroto – sabe que te odeio né? Principalmente por que não consigo esconder nada de ti, mas isso às vezes é legal, por que me dizes o que nem eu mesma sei que estou sentindo. Gustavo Ferreira, bambi, nunca terei palavras pra te agradecer por tudo. Carlos Fernando, obrigada por sempre me fazer sorrir, mesmo quando tudo parece estar ruim, e também pela segurança que me transmites num simples abraço. Agradeço ao Caio Luan por me ensinar uma coisa nova a cada dia. Lorena Saraiva, obrigada pelas broncas, elas foram muito úteis. Gabriela Amorim, obrigada por tudo pessoa. Aos demais, muito obrigada.
  E agora a parte Rhyca e Phyna da família. Pessoas sem igual, muito criativas, que normalmente compram produtos pela embalagem. Apesar de não convivermos tanto assim, há pessoas que conseguiram me conquistar de tal forma, mesmo nesse pouco tempo. Agradeço aos meus pretos favoritos, Roberta Aragão e Fernando Henrique e ao branquelo intruso, Rafael Sarmanho, obrigada por aturar meus dramas mesmo sem conseguir acompanhar todos. Renan Barreto, obrigada por me acompanhar na minha peregrinação atrás de algodão-doce amarelo, e por ter me aturado durante toda a semana do AFW. Rhuanne Pereira, melhor companheira de busão ever!
  Sem deixar de lado também as pessoas que conheço há mais tempo. Sem o suporte da minha família, a conquista relatada no primeiro parágrafo teria sido impossível. Agradeço muito a algumas pessoas que não me deixaram abaixar a cabeça após o fracasso de 2010, umas gurias que eu amo muito: Bianca Cardoso, Aline Coimbra, Tayana Arrais, Jéssica Cavalcante, Jane Ferreira e Carol Dias. Além é claro das pessoas maravilhosas que conheci há pouco tempo e que torceram (torcem) muito pelo meu sucesso: Fernanda Bastos, Paula Leão e Nicky Oliveira. Agradeço também a um gordo maléfico que retornou a minha vida nesse ano e que apesar do ‘ódio’ do passado ele se tornou um grande amigo nesse ano que finda, obrigada Adriano Aviz.
  Bem nesses 17 anos houveram tantas pessoas que passaram pela minha vida. Mas infelizmente uma pessoa se foi, uma velha amiga de infância, Elziane Caetano. Deus sabe o que faz, então creio eu que se isso ocorreu é por que deveria ser o melhor pra Anne. A morte dela foi um grande choque, e sem dúvidas um dos únicos momentos ruins deste 2011. Como a maioria das perdas, a da Anne, me fez refletir bastante, e o fato dela ser apenas um ano mais velha que eu, fez com que sua morte me atingisse mais ainda. Esse choque, foi a prova de que isso aqui chamado vida, vai acabar quando menos esperamos. Por isso, em 2012 não viverei como se fosse meu último ano - como a maioria das pessoas que creem que o fim do mundo será no próximo ano – viverei como fiz em grande parte deste ano, cada dia como se fosse o último.
*Peço perdão às pessoas que não tiveram seus nomes citados no texto acima, se fosse agradecer por cada sorriso de vocês que fizeram com que esse ano fosse especial, eu só acabaria de escrever esse texto em 2015. 

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