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quarta-feira, julho 25, 2012

Tired

Ultimamente tenho evitado esperar coisas boas, e ruins também, de nada e de ninguém. Por mim tanto faz se vai dar certo ou não. Cansei de criar falsas expectativas. Cansei de esperar. Cansei de sofrer por antecipação. Cansei dessa rodinha que dá voltas e voltas, mas que sempre retorna ao mesmo lugar, um lugar onde a solidão habita. Cansei dos sorrisos falsos, dos amores verdadeiros que duram duas semanas, das cartas semanais e do tempo gasto em vão. Cansei de fazer planos, de almejar o que não preciso. Cansei desse jogo. E o pior é que isso não é de hoje. O que mudou foi que finalmente tive coragem de assumir as consequências que cada tentativa frustrada vem me trazendo.


domingo, julho 22, 2012

Aluga-se

Engraçado que um ano depois ainda sinto as mesmas coisas que sentia ao ouvir certas músicas. A diferença, e que diferença, é que cada verso cantado junto a melodia não me traz lágrimas, pelo contrário, toda dor que cada nota me causava transformou-se sorrisos, ainda tímidos confesso, mas por mais que já tenha passado um ano, talvez a ferida ainda não tenha fechado de vez. Mas isso tá longe de ser algo ruim, porque assim me sinto viva. A cada verso, o mesmo arrepio de antes ainda pode ser sentido, e aquela frase “filosófica” após o segundo coro é cantada com mais força, mais vontade. Ela ganhou outro sentido, finalmente deixou de ser a frase final que selava minhas lágrimas. E agora palavra por palavra é cantada com um sorriso no rosto com um pensamento secundário pondo as recordações para fora, como a própria música diz.

quinta-feira, julho 12, 2012

Recomeços

Sinto tua falta, confesso, mas não me permito errar de novo. Me entendes? Chorei de saudade por tudo o que fomos, pelas promessas, pelos planos, por tudo o que não conseguimos ser, pelos erros que cometemos, pelo que se perdeu. Chorei, admito, pelos sorrisos perdidos, pelas lágrimas derramadas, pelas renúncias que de nada valeram, pelas noites em claro pensando num futuro que nunca iremos ter, pelas manhãs mal gastas, pelas declarações ao destinatário errado. Chorei pelo amor dado em vão.  Chorei pelos princípios, que eu acreditava serem nossos, mas que eram só meus. Pelos sonhos eliminados, pela falsa ternura, pelos abraços sem fim, e que no final não foram o suficiente para me manter de pé. Chorei por essas coisas que ficaram lá atrás, em dias soturnos dos quais quero distância. Mas é hora de seguir em frente. Chorar de novo? Só se for de tanto rir. Vou ser feliz, mas não espere que eu volte pra te dizer como foi do lado de lá.


Once Upon a Time...


Às vezes a gente se apaixona pela pessoa errada, no lugar errado, no tempo errado e com direito a toda dor que poderíamos suportar. Quando coisas do tipo acontecem, até um simples pedido de ajuda ou um simplesmente desabafar tornam-se coisas impossíveis. Talvez isso ocorra porque mesmo com todos os conselhos vindos de várias direções insistimos no erro.
Foi assim que tudo começou, depois de encher o saco de muita gente resolvi encher meu próprio saco até que conseguisse perceber do mal que me livrei e superar tudo o que havia acontecido. Na minha cabeça só pensava que deveria escrever, não importava quantas linhas, parágrafos ou páginas portanto que aquilo que eu chamava de dor passasse. E assim descobri a minha melhor terapia.
Confesso que a princípio a ideia de criar um blog me parecia boba, mas com a encheção de saco, digo, incentivo de Renan Mendes e Carlos Fernando, junto a um mês de férias entediantes, pensei: porque não?
Tudo isso já faz um ano. Um ano repleto de amizades que se foram e outras tantas que vieram, amores que não deram certo (lê-se todos), dias intermináveis, desistências, recomeços e sorrisos semeados. E mesmo com metade da minha vida exposta os benefícios do blog sempre foram maiores do que os malefícios. Pra falar a verdade nem sei se tiveram coisas negativas, pelo menos não até agora.
Enganou-se quem pensou que a terapia era escrever sobre as magoas que me atingiram. O maior remédio é perceber por meio um simples curti ou comentários de uma, duas linhas ou um parágrafo (Raíssa, oi?) que as histórias com corações partidos e prantos infindáveis são sempre as mesmas só mudam os personagens.
Escrever para mim não é apenas colocar palavras num papel, é pôr o dedo na garganta, se preciso, para compartilhar a vida, não só a minha, mas tudo aquilo que acredito eu, poderá causar pequenas mudanças de atitude ou pensamento em trinta ou em uma pessoa que seja.
Nesse tempo percebi que até as coisas mais ruins possíveis - tipo aulas de Filosofia e Comunicação nas quais escrevi muitos textos xD - podem ser canalizadas para algo bom, afinal sem esses dramas todos não teria escrito metade dos textos que estão aqui, e principalmente porque os dias ruins servem mesmo para dar mais brilho aos sorrisos que virão. Felizes ou triste que mais dias venham!
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Obrigada à todos que estão por aqui todos os dias ou só hoje mesmo! Sem os elogios e críticas de vocês eu já teria deixado esse projeto de lado e não teria vivido experiências incríveis e sem essa terapia teria engordado pelo menos uns 20 kg me entupindo de sorvete.