Queria que essa dualidade passasse. Que esse nó na garganta não existisse mais. Que tua ausência parasse de me sufocar. Que as coisas parassem de se complicar entre nós.
Sim, certamente a culpa disso é em maior parte minha, mas me perdoa, não é qualquer um que sabe lidar com o mundo quando a felicidade encontra-se em suas mãos.
Tenho um medo danado de te perder, mas nem sei se é o certo te aceitar de volta com tantos mal entendidos, tantas meias verdades, tantos segredos escondidos. Sem confiança. Acho que ainda não é a hora. Será que um dia ela irá chegar, ou já passou e nós sequer a vimos? Talvez estivéssemos ocupados demais tentando fazer com que tudo saísse perfeito, mesmo que isso machucasse, mesmo que não fosse o correto a se fazer, mesmo que os caminhos fossem tortos.
Tivemos tudo, mas esse tudo te pareceu tão pouco que acabou
se resumindo a nada, mas mesmo com o pouco que restou eu tentei reconstruir
aquela velha felicidade que um dia estampou nossos olhos, e continuo tentando.
Só não sei até quando conseguirei fazer isso sozinha.
Por mais que estes dias de silêncio por tua parte me
sufoquem, tento pensar que já fizeste isto outras vezes e que pouco tempo
depois regressaste, mas isso já tá ficando tão enjoativo que eu, sinceramente,
não aguento mais esperar a rotina se repetir enquanto eu sofro por tua ausência
e tu finges que nada acontece.
Só me me diz uma coisa: Até quando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário